A partir de:
NETTO, José Paulo. Economia Política: uma
introdução crítica. São Paulo: Cortez, 2006.
Este modo de produção, o
Capitalista, sucedeu o antigo modo e produção feudal, de maneira praticamente
absoluta tomou conta das relações de produção, afirmando-se entre o século
XVIII e o século XIX, pois de principio, somente o Socialismo significava uma espécie
de contrária a ele, porém, ultimamente nenhuma outra forma de produção concorre
com ele, estando presente de forma absoluta, tanto em sociedades desenvolvidas
quanto nas sociedades subdesenvolvidas.
1. O
objetivo da Produção Capitalista:
Então, o capitalista, com uma
quantia pequena, em relação ao retorno que terá, compra mercadorias, investindo
em instrumentos e objetos de produção e assim, consegue colocar no mercado o
produto industrializado por um preço alto, recebendo um lucro absurdo. Esse
lucro é obtido através da força humana do proletariado, que a vende e produz
objetos exacerbadamente, para dar lucro ao capitalista.
Vale salientar que essa incessante busca do capitalista para obter lucros em cima dos trabalhadores e dos consumidores, não se dá de maneira involuntária ou natural, isto é, não parte de questões subjetivistas do caráter do capitalista, mas necessariamente ocorre por causa da exigente dinâmica do capitalismo em haver sempre esta força motriz de impulsionar o 'desenvolvimento econômico'. Porém, junto com toda essa sucessiva troca de capital e relações econômicas, não podemos esquecer que há, também, uma forte e constante relação social.
2. A
Produção Capitalista: Produção de Mais-Valia:
O capitalista investe, portanto,
em meios de produção e esse fazem com que haja uma transferência de valores as
mercadorias. Além disso, é comprada a força de trabalho dos operários, ambas as
adesões, representam despesas para o capitalista. E deste modo não há diferenciação
entre uma máquina e um ser humano.A mercadoria, então, adquire valor através do
que é investido, gasto, para produzi-la.
O capitalista paga, ao trabalhador, uma quantia irrisória em relação ao que esse trabalhador irá produzir, isto é, ao valor de uso que este trabalhador irá transferir para o produto, então, a mais-valia acorre neste contexto em que o produtor vai além, na produção, daquele valor que está sendo pago pela sua força de trabalho. Portanto, a mais-valia é exatamente o lucro que o capitalista terá em função de explorar o trabalhador, pois este acaba produzido muito além do que deveria, em função da remuneração que recebe. Ele está, evidentemente, na ortografia do aquém. Aquém do que merece; aquém do que precisa e necessita. Além, somente para o capitalista, que se envolve nas relações econômicas do Capitalismo e sempre justifica sua exploração sobre o trabalhador.
O capitalista paga, ao trabalhador, uma quantia irrisória em relação ao que esse trabalhador irá produzir, isto é, ao valor de uso que este trabalhador irá transferir para o produto, então, a mais-valia acorre neste contexto em que o produtor vai além, na produção, daquele valor que está sendo pago pela sua força de trabalho. Portanto, a mais-valia é exatamente o lucro que o capitalista terá em função de explorar o trabalhador, pois este acaba produzido muito além do que deveria, em função da remuneração que recebe. Ele está, evidentemente, na ortografia do aquém. Aquém do que merece; aquém do que precisa e necessita. Além, somente para o capitalista, que se envolve nas relações econômicas do Capitalismo e sempre justifica sua exploração sobre o trabalhador.
3. Salário e
Trabalho Concreto/Abstrato:O salário
é o preço da força de trabalho gasto, regido pela lei do valor. Deste modo, o
preço dele pode estar acima ou abaixo do valor, já que é uma mercadoria e
acompanha os altos e baixos da economia.
Assim os sindicatos e associações são importantes para manter o valor do trabalho no melhor preço e no merecido grau, 'obrigando' os capitalistas a pagarem o exigido. É importante expor que a força de trabalho de cada ser humano é diferente, assim como também a natureza do trabalho que realizam, neste sentido é necessário distinguir entre trabalho abstrato e trabalho concreto. O trabalho concreto é aquele que cria valor de uso, ou seja, de uma forma ou de outra é útil para a comunidade consumidora; já o trabalho abstrato constitui exatamente uma relação de troca, representa-se numa utilidade restrita e abrange apenas um valor de troca.
Desta forma entendida nas relações de produção, grande parte dos trabalhos realizados são trabalhos abstratos, já que há sempre uma troca: o trabalhador troca sua força de trabalho pelo salário que receberá, em nome da sobrevivência e da não exclusão total. Vende-se de forma extremamente alienante e mesmo assim estará inserido numa relação perversa de produção.
Assim os sindicatos e associações são importantes para manter o valor do trabalho no melhor preço e no merecido grau, 'obrigando' os capitalistas a pagarem o exigido. É importante expor que a força de trabalho de cada ser humano é diferente, assim como também a natureza do trabalho que realizam, neste sentido é necessário distinguir entre trabalho abstrato e trabalho concreto. O trabalho concreto é aquele que cria valor de uso, ou seja, de uma forma ou de outra é útil para a comunidade consumidora; já o trabalho abstrato constitui exatamente uma relação de troca, representa-se numa utilidade restrita e abrange apenas um valor de troca.
Desta forma entendida nas relações de produção, grande parte dos trabalhos realizados são trabalhos abstratos, já que há sempre uma troca: o trabalhador troca sua força de trabalho pelo salário que receberá, em nome da sobrevivência e da não exclusão total. Vende-se de forma extremamente alienante e mesmo assim estará inserido numa relação perversa de produção.
4.
A Exploração do Trabalho:
O trabalhador é explorado porque
trabalha bem mais do que é pago, em tese tudo flui normalmente e de justa
forma, porém, na prática o explorador acaba por ter o serviço do trabalhador
sem despesa nem custo, pois este realiza seu trabalho além daquilo que o
salário paga.
O trabalho acaba tendo duas
vertentes: uma parte dele corresponde ao trabalho necessário, isto
é, aquele em que há a correspondente remuneração; e a outra parte é exatamente
o trabalho excedente, produtor de mais-valia, avindo de
uma situação de exploração, que remete lucro somente ao capitalista. Porém, não
há desmistificação deste modo explorador de trabalho, pois o trabalhador está
envolvido nas relações de trabalho e recebendo o salário não há por que se
rebelar, uma vez que precisa e sabe que a demanda por empregos é grande, isto
é, o número de desempregados é assustador.
Portanto, neste âmbito, somente o trabalho excedente é mais interessante para o capitalista, pois é esse que vai garantir seu lucro e tornar seus investimentos e suas folhas de pagamento encaradas de maneira tal que não representa gastos nem custos e sim, retorno bastante vantajoso, lucro na certa.
O trabalhado está sempre submetido ao domínio do capital e, quando o capitalista não consegue ampliar sua jornada de trabalho, para obter mais produtos e mais lucros, acaba por exigir uma produção mais rápida, impondo ritmo e adquirindo maquinas que acelerem a produção. Desta feita, 'se correr o bicho pega e se ficar o bicho come'. Ou trabalha ou não participa do meio social como 'cidadão'; ou trabalha ou então será excluído; ou trabalha ou 'sorteia' sua vaga para dezenas que a esperam.
5. Trabalhador Coletivo e Trabalho Produtivo/Improdutivo:
A denominação de trabalhador
coletivo surgiu necessariamente com a forte presença da indústria, isto é,
surgiu no cenário da indústria. Trabalhador coletivo quer designar todas as
atividades que envolvem a produção, desempenhando atividades manuais ou não. É,
na verdade, um trabalho socialmente combinado. As atividades vão desde as
tipicamente da força bruta como também exercícios tipicamente intelectuais.
Quanto à distinção trabalho
produtivo e improdutivo, esta é encontrada e definida apenas no âmbito do que
seja economia fundada na produção de mercadorias. Portanto, são meios de
produção capitalista que determinam o que venha a ser trabalho produtivo ou
trabalho improdutivo, isto é, aquilo que será adquirido pelo mercado consumidor
em massa e, logo, dará um excelente retorno, lucro, ou aquilo que não desperta
'fetichização' e não dará lucro, logo é improdutivo, mas somente para o
capitalista.
6.
A repartição da Mais-Valia:
Não se pode esquecer que o lucro,
que vem acrescido de mais-valia faz parte, diretamente de um processo bastante
conhecido por todos nós, que é a circulação de capital, isso traz, sem dúvidas,
muitos lucros para ao capitalista e subdesenvolvimento para o trabalhador.
Este processo de circulação de capital é tão complexo que, enquanto o capitalista é 'sugador' do trabalhador, há também outros, noutras funções que irão 'sugar' um pouco deste mesmo capitalista. A mais-valia divide-se então, em três partes: 'uma parte é apropriada pelo capitalista (é o lucro industrial); outra parte é deverá ser cedida aos que eventualmente emprestaram dinheiro ao capitalista (trata-se do juro e do lucro dos banqueiros) e a terceira parte é destinada aos comerciantes (são a base do lucro comercial)'. Vale salientar que todas as vezes que foi tratado de produção, referiam-se a produção industrial.
7.
A distribuição da Renda Nacional:
A renda nacional é resultado e
resultante do trabalho produtivo, nada mais é do que o salário recebido pelo
trabalhador e a mais-valia que é revertida para todos os componentes do setor
capitalista, isto é, para aqueles que estão no alto da pirâmide.
E o Estado parece não querer nada fazer, mas mesmo que quisesse seria imediatamente freado pelo capitalista que, tem nas mãos não só as rédeas dos meios de produção, como também o comando do Estado e seus corruptíveis representantes, em nome de respeitar uma dinâmica tão injusta, dando ênfase total a permanecer nesta dura divisão social de classes.