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terça-feira, 30 de outubro de 2012
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Por que as Políticas públicas para a infância não fazem parte da agenda política?
Eles
não votaram nas últimas eleições, mas tiveram participação nas
campanhas eleitorais.
As
crianças e os adolescentes, sempre beijados e abraçados pelos
candidatos, no entanto, nem sempre fazem parte da pauta política.
Para
entender essa conjuntura e quais demandas as políticas públicas
para as crianças e para os adolescentes devem atender, é preciso
trazer para o debate do dia a dia, diretrizes que podem nortear a
implementação dos direitos da infância pelos governos municipais.
Segundo
o vice-presidente da Comissão Especial da Criança e do Adolescente
do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Ariel de Castro
Alves, é preciso superar o que ele define como “assistencialização”
da infância e da juventude.
“As
políticas voltadas à infância e à juventude vão além da
Assistência Social, já que essa é voltada aos que necessitam”,
afirma, ressaltando que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
criou em 1990 o Sistema
de Garantia de Direitos,
que deve atuar de forma intersetorial e integrada com outros sistemas
de operacionalização de políticas públicas, como o Sistema Único
de Assistência Social, o Sistema Educacional, o Sistema Único de
Saúde, o Sistema de Justiça, dentre outros.
Para
ele, é fundamental a existência nos municípios de Secretarias
Específicas da Criança e do Adolescente ou de órgãos com status
de secretaria municipal, como fundações, coordenadorias, entre
outros.
Alves
considera chave o fortalecimento dos Conselhos Tutelares e dos
Conselhos de Direitos, além da remuneração adequada dos
profissionais que atendem crianças e jovens.
Os especialistas afirmam que a priorização da infância na agenda política é uma questão legal, conforme prevê a Constituição Federal de 1988 e o ECA.
“Isso quer dizer: priorizar o atendimento às crianças, aos adolescentes e às suas famílias, estruturar os serviços especializados, como os Centros de Referência de Assistência Social e os Centros de Referência Especializado de Assistência Social, assegurar leis orçamentárias para a construção de escolas e a ampliação da oferta de serviços de saúde, estruturar os Conselhos Tutelares, etc”, explica a jornalista Jaqueline Almeida, titulada Jornalista Amigo da Criança.
Para
Alves, os municípios precisam criar e manter seus próprios
programas, ações e iniciativas, conforme as peculiaridades locais,
criando uma espécie de “cardápio social” voltado às crianças,
aos jovens e a seus familiares.
“As
prefeituras devem ir além do repertório social federal, que
estabelece os parâmetros mínimos, inclusive de cofinanciamento de
alguns programas sociais”, diz.
Jaqueline,
por sua vez, diz acreditar que a municipalização de algumas
políticas, sobretudo as sociais, “chamaram os gestores a esse
compromisso”. No entanto, ela ainda é cética quanto à
implementação dos programas de governo.
“Geralmente
os gestores são pouco técnicos e muito políticos“, diz.
“Por
isso há tantas denúncias de desvios de verbas nas prefeituras,
tantas demonstrações de associações fraudulentas com vereadores e
com empresários, desvio de merenda e de remédios, superfaturamento,
corrupção e outros crimes.
Sempre
fica a sensação que o município pode ser um palco para ações
escusas e não para o atendimento das necessidades da população”,
complementa Jaqueline, que hoje atua como assessora de imprensa do
Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Emaús, em Belém, no
Pará.
O
gerente de programas da Childhood Brasil, Itamar Gonçalves, afirma
que as políticas públicas para a infância deveriam ser mais
detalhadas pelos candidatos.
As
campanhas políticas tendem a trabalhar temas politicamente aceitos
de uma maneira genérica, como educação para todos, por exemplo.
“Fala-se que a prioridade é a escola.
Mas
nunca se diz qual escola. É raro um candidato entrar no detalhe da
proposta”, afirma. Ele cita, por exemplo, a importância da escola
na prevenção e na notificação de casos de violência sexual.
“A
violência sexual contra crianças e adolescentes é uma realidade.
No entanto, o papel da escola no enfrentamento da causa, por exemplo,
não é abordado nas campanhas. Isso ainda é um tabu”, conclui.
Fonte:
controle social
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
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terça-feira, 9 de outubro de 2012
Nutrição, Massa Magra e Massa Gorda
As pessoas praticam exercícios e atividade física por diversos motivos. Estética e desempenho são os principais deles. Os nutricionistas e educadores físicos frisam e trabalham a questão da importância do ganho de massa magra e perda de massa gorda tanto para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (doenças metabólicas, hipertensão, doenças cardiovasculares, doenças osteoarticulares e outras). Entretanto, as pessoas precisam entender como o controle metabólico leva ao aumento da massa magra e à redução da massa gorda. Esse é o objetivo, esclarecer o tema de forma clara e simples.
Primeiramente, vamos discutir um pouco sobre a composição corporal. As técnicas usadas para medir a composição corporal nas academias e clínicas levam, geralmente, em consideração a teoria de que o corpo humano é composto por dois compartimentos básicos: um de gordura e outro livre de gordura. O compartimento da gordura corresponde à massa gorda propriamente dita. O compartimento ausente de gordura (todo o resto) é a massa magra e inclui a massa muscular, a massa óssea, o sangue, a pele, os órgãos, enfim tudo o que sobrou. Quando falamos em ganho de massa magra por meio do exercício nos referimos, principalmente, ao aumento da massa muscular, da massa óssea e do volume sanguíneo – assim, massa magra não é sinônimo de massa muscular.
Para que o incremento da massa magra aconteça são primordiais dois fatores: o exercício e a dieta adequada. Por dieta adequada entendamos tanto nutrientes quanto energia, pois a dieta restrita em calorias nem sempre proporciona ganho de massa magra e nem perda de massa gorda pelo fato de ser limitante e comprometer o desempenho do exercício. Na prática as pessoas treinam e não obtém resultados, aumentam o volume de treino e continuam estagnados. É nesse momento que a nutrição assume o papel de “correção” e faz o metabolismo energético se equilibrar.
Como metabolismo energético, podemos entender as reações químicas dependentes de uma série de nutrientes e que ocorrem no interior das células, inclusive nas fibras musculares. A própria contração muscular depende do aporte adequado de cálcio e magnésio para ocorrer de forma perfeita. A quebra (lipólise) e queima (oxidação) de gorduras – que leva à redução da massa gorda – dependem do aporte de vários nutrientes na mitocôndria, que é a organela celular responsável pela oxidação lipídica. Podemos citar vitaminas como niacina, riboflavina, piridoxina; minerais como ferro, cálcio e fósforo, por exemplo. Contudo, em termos metabólicos todas as reações se interligam em algum ponto do mapa metabólico e a deficiência de um nutriente pode afetar reações químicas em outras vias metabólicas.
Via de regra, para a síntese e manutenção da massa magra, a necessidade energética do indivíduo deve ser respeitada, bem como as recomendações nutricionais dos vários nutrientes existentes. O déficit energético pode ativar a queima de proteínas em detrimento das gorduras na mitocôndria na ausência do aporte energético adequado. Um erro bastante comum é as pessoas acreditarem que os alimentos ricos em carboidratos devem ser extremamente restritos na dieta para que a perda de massa gorda ocorra – mas elas desconhecem e desacreditam que uma das principais funções dos carboidratos é fornecer energia imediata para a contração muscular (de forma muito mais eficiente em comparação com os lipídeos), o que promove ganho de massa magra e, em médio e longo prazo, a perda de massa gorda.
Outro erro é acreditarem que para sintetizar músculo há necessidade de grande ingestão de proteínas – na verdade, o excesso de proteína é oxidada na mitocôndria, não direcionada para a síntese muscular.
A norma ouro da Ciência da nutrição é o equilíbrio, ou seja, nem mais e nem menos em termos de ingestão de nutrientes e calorias – por isso a suplementação sempre exige cautela dos profissionais nutricionistas. Assim, faz-se importante a atuação conjunta do nutricionista e educador físico para o estabelecimento de resultados potencializados. E também, as pessoas precisam ter em mente que a dieta faz parte de um estilo de vida, que quando alterado implica em necessidade de avaliação da alimentação – o nutricionista é o profissional capaz de traçar metas condizentes com objetivos seguros e saudáveis ao estilo de vida de cada indivíduo.
Anutricinionista.com
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