A crise econômica se faz acompanhar por uma crise das organizações internacionais, que têm se mostrado incapazes de articular e propor soluções, tanto para conflitos econômicos quanto para os políticos.
Esta incapacidade está relacionada com um fato simples: o mundo de hoje é profundamente distinto de 1945, quando estas instituições foram criadas; e também é distinto de 1991, quando se pretendeu colocar o mundo sob comando único.
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O papel das forças políticas e sociais
Neste debate da Rio+20, cabe às forças políticas e sociais de esquerda e progressistas do mundo quatro desafios.
O primeiro tem um sentido mais estratégico, e refere-se à defesa de um modelo alternativo de desenvolvimento, a partir daquilo que os governos de esquerda e progressistas já vêm implementando na América Latina, embora seja necessário ir muito além do que realizamos.
O segundo tem um sentido teórico-conceitual, considerando que o termo “desenvolvimento sustentável” se universalizou, mas há uma disputa em torno de seus significados e conteúdos. È nesse contexto que se insere o debate sobre “economia verde”.
O terceiro desafio é mais institucional, e refere-se aos compromissos e metas que os governos e organismos internacionais devem assumir.
E o quarto talvez seja o principal: o desafio político, ou seja, o da construção da força necessária para implementar e aprofundar esse modelo alternativo que preconizamos.
O PT considera que o atual modelo de produção, circulação e apropriação das riquezas, pelo seu modo intrínseco de funcionamento, leva à concentração das riquezas e à exploração dos recursos naturais. Esse modelo precisa ser contraditado, ou seja, é necessário que se criem mecanismos e instrumentos de regulação para controlar e reverter as tendências que lhe são inerentes. Mas fazer isso implica contrariar poderosos interesses. Para fazê-lo, portanto, é necessário construir um amplo apoio político e social.
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