LIBERALISMO
Essa
vontade era intimamente ligada às lutas da burguesia na
Inglaterra do século XIII e é por isso que por muitas vezes o liberalismo
foi e ainda é facilmente associado a essa classe social.
Para o
liberalismo, portanto, o Estado Mínimo é necessário para que se possa
garantir as pautas defendidas, que são variadas, conforme indicadas acima,
e serão explicadas adiante. O mercado é considerado o grande provedor
e regulador da sociedade na percepção dos liberais.
O QUE É ESTADO MÍNIMO?
O Estado (governo) não pode
atuar ou intervir em todas as esferas. O liberalismo político afirma que
há um aglomerado de direitos inerentes ao ser humano e que, portanto, o
Estado não pode intervir.
Esses direitos seriam a liberdade individual,
os direitos individuais, a igualdade perante a lei, a segurança,
a felicidade, a liberdade religiosa, a liberdade de imprensa, entre outros.
E COMO SERIA A ATUAÇÃO DO ESTADO DIANTE DESSAS LIMITAÇÕES?
O
Estado atuaria para fornecer as condições mínimas necessárias para o livre desenvolvimento de cada cidadão. Livre
desenvolvimento significa a ausência de
assistencialismo.
Ideais Econômicos
· Reconhecimento da propriedade privada: o bem pode ser utilizado exclusivamente
por quem o adquiriu. Não há espaço para o instituto da função social da
propriedade, ou seja, não há utilização ou obrigação de objetivos sociais
para a propriedade privada.
· Livre Mercado: a economia se fundamenta na lei da
oferta e da demanda. O Estado não pode intervir em nenhuma esfera da
economia, não pode intervir nos preços, nos salários ou nas trocas
comerciais, tampouco corrigindo as falhas ou disparidades sociais causadas
pela economia.
O liberalismo
coloca o livre mercado como o grande “regulador” da sociedade e as falhas
se corrigiriam naturalmente, através da “mão invisível” referida por Adam
Smith em seu livro “ A Riqueza das Nações”.
· Tributação mínima, principalmente no que concerne à carga
tributária das empresas.
Liberalismo - Definição
Liberalismo pode ser definido como um conjunto de princípios e teorias
políticas, que apresenta como ponto principal a defesa da liberdade política e
econômica. Neste sentido, os liberais são
contrários ao forte controle do Estado na economia e na vida das pessoas.
Origem
O pensamento liberal teve sua origem no século XVII, através dos
trabalhos sobre política publicados pelo filósofo inglês John Locke. Já no século XVIII, o liberalismo econômico ganhou
força com as ideias defendidas pelo filósofo e economista escocês Adam Smith.
Podemos citar como princípios básicos do
liberalismo:
- Defesa da propriedade privada;
- Liberdade econômica (livre mercado);
- Mínima participação do Estado - governo limitado;
- Igualdade perante a lei (estado de direito).
Keynesianismo
O keynesianismo é uma teoria econômica do começo do século XX, baseada
nas ideias do economista inglês John Maynard Keines, que defendia a ação do estado na economia com o
objetivo atingir o pleno emprego, o bem-estar social.
Principais características do Keynesianismo
- Defesa da intervenção estatal na economia, principalmente em
áreas onde a iniciativa privada não tem capacidade ou não deseja atuar.
- Contra o liberalismo econômico.
- O Estado tem um papel fundamental de estimular as economias em
momentos de crise e recessão econômica.
- A intervenção do Estado deve ser feita através do cumprimento de
uma política fiscal para que não haja crescimento e descontrole da inflação.
O keynesianismo na atualidade
A doutrina econômica keynesiana enfraqueceu muito nas últimas décadas em
função do avanço do neoliberalismo. O processo de
globalização econômica mundial impôs, de certa forma, aos países a adoção de
medidas voltadas para a abertura da economia e pouca interferência estatal.
A maioria dos países do mundo segue o neoliberalismo, com suas especificidades,
como forma de se manterem ativos neste mundo voltado para a globalização e para
a economia de livre mercado.
NEOLIBERALISMO
O termo neoliberalismo já era registrado em alguns
escritos dos séculos XVIII e XIX, mas começou a aparecer com mais força na
literatura acadêmica no final dos anos 1980, como uma forma de classificar o
que seria um ressurgimento do liberalismo como ideologia predominante na
política e economia internacionais.
A
ideia é que durante um certo período de tempo, o liberalismo perdeu
predominância para o keynesianismo, inspirado pelo trabalho de John
Maynard Keynes, que defendeu a tese de que os gastos públicos
devem impulsionar a economia, especialmente em tempos de recessão.
Keynes era favorável ao Estado
de bem-estar social.
A
partir dos anos 1970, o mundo passou a vivenciar um declínio do modelo do
Estado de bem-estar social, o que deu espaço para que ideias liberais aos
poucos voltassem a ter preferência na política. Uma das primeiras
experiências consideradas neoliberais no mundo foi levada a cabo pelo Chile.
Em
1975, o ditador chileno Augusto Pinochet entrou
em contato com acadêmicos da Escola de Chicago, que recomendaram medidas
pró-liberalização do mercado e diminuição do Estado.
Entre
tais medidas estavam
a drástica redução do gasto público, demissão em massa de servidores públicos e
privatização de empresas estatais. As eleições de Margareth
Thatcher no Reino Unido
e de Ronald Reagan nos
Estados Unidos no início dos anos 1980 também foram indicativos desse fenômeno.
Ambos são considerados até hoje líderes neoliberais.
Na década de 1970 surgiu o neoliberalismo, que é a aplicação dos
princípios liberais numa realidade econômica pautada pela globalização e por
novos paradigmas do capitalismo.
Podemos definir o neoliberalismo como um conjunto de ideias políticas e
econômicas capitalistas que defende a não
participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve
haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante
o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.
Surgiu na década de 1970,
através da Escola Monetarista do economista Milton Friedman, como uma solução para a crise que atingiu a economia
mundial em 1973, provocada pelo aumento excessivo no preço
do petróleo.
Características do Neoliberalismo (princípios
básicos):
- mínima participação estatal nos rumos da economia de um país;
- pouca intervenção do governo no mercado de trabalho;
- política de privatização de empresas estatais;
- livre circulação de capitais internacionais e ênfase
na globalização;
- posição contrária aos impostos e tributos excessivos;
- contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do
estado, ou seja, a lei da oferta e demanda é
suficiente para regular os preços;
- a base da economia deve ser formada por empresas privadas;
Pontos Negativos
Os críticos ao sistema afirmam que a economia neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento (Brasil, por
exemplo) sofrem com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são
apontadas como causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças
sociais e dependência do capital internacional.
Pontos positivos
Os defensores do neoliberalismo acreditam que este sistema é capaz de
proporcionar o desenvolvimento econômico e social de um país. Defendem que o
neoliberalismo deixa a economia mais competitiva, proporciona o desenvolvimento
tecnológico e, através da livre concorrência, faz os preços e a inflação
caírem.
Governos que adotaram políticas
econômicas neoliberais nos últimos anos
- No Brasil: Fernando Collor de
Melo (1990 - 1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995 - 2003)
- No Chile: Eduardo Frei (1994 -
2000), Ricardo Lagos (2000 - 2006) e Michelle Bachelet (2006 - 2010)
- Nos Estados Unidos: Ronald Reagan
(1981 - 1989), George Bush (1989 - 1993) e George W. Bush (2001- 2009)
- No México: Vicente Fox Quesada
(2000 - 2006)
- No Reino Unido: Margaret Thatcher
(1979 - 1990)
Desemprego Estrutural
É aquele gerado pela introdução de novas tecnologias ou de sistemas e
processos voltados para a redução de custos.
Estes novos elementos afetam os setores da economia de um país
(indústria, comércio e serviços), causando demissão, geralmente, em grande
quantidade.
Principais causas do desemprego estrutural
- Implantação de robôs no processo de produção industrial.
- Instalação de caixas eletrônicos em agências bancárias.
- Informatização em empresas e órgãos públicos, visando diminuir os
processos burocráticos.
- Uso da Internet para serviços bancários, compras online e outros
serviços.
Desemprego estrutural e globalização
A globalização da economia, que ganhou força a partir da década de 1970,
teve grande participação no aumento do desemprego estrutural no mundo todo.
A globalização econômica fez aumentar a
competitividade em âmbito internacional, principalmente através do comércio
exterior, fazendo com que as empresas buscassem formas de reduzir custos de produção,
comercialização e transporte.
Entre estas formas, podemos citar as principais
causas do desemprego estrutural: adoção de novas tecnologias e sistemas
administrativos e produtivos de custos reduzidos (ambos com diminuição de
mão-de-obra).
Diferenças entre desemprego estrutural e
conjuntural
O estrutural é causado pela adoção de novas tecnologias e processos, o conjuntural é gerado por crises econômicas
internas ou externas. Crises econômicas, geralmente, diminuem o consumo, as
exportações, a produção e, por consequência de tudo isso, aumenta o desemprego.
Quando a economia de um país se recupera, após o fim de uma crise, o
desemprego conjuntural tende a diminuir. No caso do desemprego estrutural, as
vagas de emprego fechadas naquelas funções não são mais retomadas.
IMPLANTAÇÃO
DO NEOLIBERALISMO NO BRASIL
O neoliberalismo passou a ser implantado no
Brasil a partir do governo Collor (90 a 92), onde ocorreram as primeiras
privatizações e a abertura do mercado nacional às diversas importações (carros,
por exemplo) e o fim de subsídios (trigo por exemplo).
A onda neoliberal aumentou com os governos FHC
(95 a 2002), onde ocorreram diversas privatizações (energia elétrica,
telecomunicações, saneamento, mineração, etc.).
Na época, a campanha governamental afirmava que o
Estado estava saindo dessas áreas para se concentrar em outras (educação, saude
e segurança, por exemplo)... mas o que se viu não foi isso e até hoje não se
sabe aonde foi parar o dinheiro recebido das vendas das estatais... só se sabe
que não foi nem para educação, nem saúde , nem segurança (que pioraram)
Nosso neoliberalismo copiava a cartilha iniciada
no fim dos anos 80, com a derrocada do socialismo e a hegemonia do capitalismo.
A partir daí surgiu o movimento chamado de
Globalização (economia globalizada), que nada mais é do que entupir os paises
pobres com os produtos fabricados nos países ricos, levando à quebradeira e
desemprego.
Outra estratégia das multinacionais é fabricar
diversos produtos em outros paises pagando salários menores (ex: China, onde se
ganha bem menos do que no Brasil).
O Consenso de Washington
O FMI, o DIRD e o Banco
Mundial faziam pressão ao Brasil para que aderissem ao mercado neoliberal;
Objetivo
- Discutir as reformas necessárias para a
América Latina.
- As empresas queriam através do capital ter o
controle da economia do mundo.
Pontos de debate no
Consenso de Washington:
a) Disciplina fiscal - O Estado deveria
cortar gastos e diminuir as suas dívidas, reduzindo custos e funcionários.
b) Reforma fiscal e
tributária - O
governo deveria reformular seus sistemas de arrecadação de impostos a fim de
que as empresas pagassem menos tributos.
c) Privatização de
empresas estatais - Tanto em áreas comerciais quanto nas áreas de infraestrutura, para
garantir o predomínio da iniciativa privada em todos os setores.
d) Desregulamentação das
leis trabalhistas – Enfraquecer o trabalhador e fortalecer o patrão.
Os três tempos do
neoliberalismo brasileiro: Collor, FHC e Temer
A partir de 1990 (governo Collor/Itamar e FHC) foi a implantação da
política de privatizações, em que empresas estatais dos ramos de energia,
telecomunicações, da mineração e outros foram transferidas para a iniciativa
privada.
Primeiro tempo – Collro/Itamar
Enxugamento do Estado era a
prioridade e ganhou maior vitalidade com a posse de Collor (1990 - 1992);
Collor foi o primeiro presidente
eleito desde o golpe militar (1964 – 1985).
Ocasionando reações ideológicas
tanto à direita quanto à esquerda política, que terminou levando ao
impeachment.
Itamar Franco, assume, com um
governo mais voltado para as políticas internas: as negociações com o FMI dão
uma trégua e as reformas do Estado cessam por um curto período.
- No governo Itamar, assume o
Ministério das Relações Exteriores, o então senador Fernando Henrique Cardoso.
- As tratativas com as instituições
internacionais (FMI e Banco Mundial) recomeçam.
- FHC passa a ser Ministro da
Fazenda e institui, junto com uma equipe de técnicos, um plano econômico (Plano
Real) capaz de frear a inflação e restabelecer a volta do crescimento
econômico. Tais políticas significam a volta do programa de reforma de Estado
iniciada por Collor e interrompida por Itamar Franco.
- É importante mencionar que o FHC e
seu partido (PSDB) partem do princípio de que o Estado deve se "modernizar".
- "Modernização" do Estado
significa um Estado mais ágil, menos "truculento", "moroso"
e "burocratizado".
- Era a grande propaganda ideológica
de FHC e do PSDB para que se efetivasse o processo das privatizações das
empresas estatais brasileiras.
- FHC sempre foi um velho admirador
da "modernização" do Estado que Collor de Mello havia feito.
O segundo - FHC
- Com a eleição de FHC o
neoliberalismo foi retomado, estabelecendo entre os anos de 1995 a 2002 o
receituário neoliberal.
- FHC avançou na terceirização no
interior do governo, a liberalização comercial e financeira, bem com as
reformas trabalhista, previdenciária e outros ajustes.
Terceiro tempo
- O neoliberalismo instalou-se no
ano de 2016, com o emergente governo Temer.
- As reforma trabalhista,
previdência social, gasto público (saúde, educação. etc) e reforma ensino
médio, são algumas políticas neoliberal do governo Temer.
O que causou a crise econômica mundial de 2008 e
2009?
A causa da crise
que vivemos foi o desequilíbrio na maior economia do mundo, os Estados Unidos.
E os ataques de 11 de setembro têm a ver com isso.
"Depois
da ofensiva terrorista, o governo americano se envolveu em duas grandes
guerras, no Iraque e Afeganistão, e começou a gastar mais do que deveria",
diz Simão Davi Silber.
Para piorar a
situação, ao mesmo tempo em que o país investia dinheiro na guerra, a economia
interna já não ia muito bem - uma das razões é que os Estados Unidos estavam
importando mais do que exportando. Em vez de conter os gastos, os americanos
receberam ajuda de países como China e Inglaterra. Com o dinheiro injetado pelo
exterior, os bancos passaram a oferecer mais crédito, inclusive a clientes
considerados de risco.
Aproveitando-se da
grande oferta a baixas taxas de juros, os consumidores compraram muito,
principalmente imóveis, que começaram a valorizar. "A
expansão do crédito financiou a bolha imobiliária, já que a grande procura
elevou o preço dos imóveis", diz Silber. Porém, depois disso,
chegou uma hora em que a taxa de juros começou a subir, diminuindo a procura
pelos imóveis e derrubando os preços. Com isso, começou a inadimplência -
afinal, as pessoas já não viam sentido em continuar pagando hipotecas exorbitantes
quando as propriedades estavam valendo cada vez menos.
Nesse momento,
faltou dinheiro aos bancos, que em um primeiro momento foram ajudados pelo
governo americano. Só que, ao mesmo tempo, surgiram críticas a essa política de
socorro aos banqueiros. Frente à pressão política, a Casa Branca decidiu que
não ia mais interferir, deixando o banco Lehman Brothers quebrar.
O fechamento do
quarto maior banco de crédito dos Estados Unidos causou pânico e travou o
crédito. Chegou a crise, que prejudica também o nosso país. "Sem crédito internacional, também diminui o crédito
no Brasil, caem as exportações e o preço das nossas mercadorias aumenta o risco
e a taxa de juros", explica Silber.
O economista também
afirma que as recessões são recorrentes, mas essa é maior do que de costume. "Uma crise dessa intensidade não é comum, a mais
parecida com ela foi a de 1929", afirma Silber.
Fonte
http://www.suapesquisa.com
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