FIFA descarta Orlando Silva e pede novo representante para discutir a Copa
Os principais executivos da Fifa anunciaram nesta sexta-feira que estarão no Brasil em novembro para uma reunião com a presidente Dilma Roussef. O principal assunto será a aprovação da Lei Geral da Copa, tema que tem incomodado a entidade na organização da Copa do Mundo de 2014.
Pelo discurso do presidente Joseph Blatter e do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, o ministro do Esporte Orlando Silva já é carta fora do baralho.
Ambos não quiseram comentar a situação do ministro, cujo nome está envolvido em suposto caso de suborno e tomou conta do noticiário no Brasil.
O secretário-geral da Fifa, Jeróme Valcke, escancarou a vontade da Fifa em conversar com um novo interlocutor sobre a Copa do Mundo de 2014. Durante entrevista nesta sexta-feira após congresso da entidade, o dirigente disse que espera um novo representante do Governo diferente do ministro dos Esportes, Orlando Silva, para negociar sobre assuntos relativos ao Mundial.
Orlando passa por um momento delicado no cargo após denúncias de participação em um esquema de desvio de verbas em contratos públicos com Organizações Não Governamentais (ONGs). Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, o ministro será demitido da pasta nos próximos dias.
Nos bastidores já se discutira que, apesar das posições duras de Dilma Rousseff, é melhor lidar diretamente com a presidente para resolver detalhes importantes para a Copa que deveriam ter sido definidos no final de 2009, mas ainda seguem pendentes.
A entidade espera uma definição o mais rápido possível sobre a Lei Geral da Copa, que está causando grande mal-estar na relação com o Palácio do Planalto. A questão mais delicada para a Fifa nas negociações com o governo Dilma são os privilégios para os detentores dos direitos de transmissão e outros impasses relacionados a questões de marketing.
Discussões sobre a venda de bebidas alcoolicas nos estádios e a meia-entrada nos ingressos do Mundial são considerados temas relevantes, mas não primordiais. Isso porque eles afetam os negócios diretos da federação, que teria condições de absorver ou contornar eventuais perdas. Já os impasses relacionados aos direitos de transmissão envolvem parceiros que injetam verdadeiras fortunas na entidade.
A presidente da República, Dilma Rousseff, está tão preocupada com a crise do Ministério do Esporte que convocou uma reunião de emergência logo que chegou de Angola. Ela já está certa de que o desgaste político de Orlando Silva é irreversível, e decidiu tirá-lo do comando da pasta. Mas a tendência é que o PC do B mantenha o controle do ministério.
Fonte: esportes.uol.com.br
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