Ex-ministro Orlando Silva
Desde a crise de Palocci, ao longo de seis meses, o governo Dilma tem sido pautado pela mídia. Dá para fazer a periodização do governo, conforme os casos na berlinda pelas denúncias da mídia.
Agora correspondeu a Orlando Silva. O roteiro é mais ou menos o mesmo, as acusações podem aparentar ter mais ou menos credibilidade, mas o ímpeto e a reiteração são os mesmos, ate’ derrubar o ministro. O método tem se mostrado infalível.
A decisão de substituição de Orlando Silva estava tomada pelo governo na semana passada, não porque desse fé às acusações, mas porque acreditava que ele estava enfraquecido para ser uma peça fundamental na parada dura que o governo encara com o envio do projeto de lei sobre a Copa do Mundo ao Congresso.
O esquema que foi aventado de uma troca que envolvia outro ministério (Cultura) era real, terminou não funcionando porque a pessoa (Pelé) sondada para substituir Orlando no ministério não aceitou e a questão voltou para o ponto de partida.
O esquema que foi aventado de uma troca que envolvia outro ministério (Cultura) era real, terminou não funcionando porque a pessoa (Pelé) sondada para substituir Orlando no ministério não aceitou e a questão voltou para o ponto de partida.
Orlando pediu um tempo para rebater as acusações, mas para o governo o que contava era a possibilidade dele retomar condições políticas de conduzir as discussões em torno da Copa do Mundo, a contar pela ida à Câmara ontem. A oposição, com uma ferocidade gorila, totalmente destemperada, tratou de perturbar a discussão em pauta, para buscar demonstrar que qualquer aparição do Orlando seria recebida em função das acusações, impedindo-o de politicamente atuar como o ministro que o governo requer.
Esta acabou sendo a razão da saída do Orlando, anunciada para ser formalizada, não a aceitação das acusações contra ele pelo governo. É como se um jogador estratégico de um clube fosse jogar machucado, sem as melhores condições físicas.
A decisão de manter o ministério com o PC do B por parte do governo requer da parte do novo ministro substituição em vários cargos de pessoas envolvidas nas acusações e abandono da utilização de ONGs para projetos do ministério.
Em geral, no caso de um ministro substituído nessas condições, as acusações desaparecem no dia seguinte na imprensa, mostrando que eles não se interessam por acabar com a corrupção, mas se valem de acusações – mesmo vindas de pessoas notoriamente desqualificadas – para derrubar ministros, seja para enfraquecer o governo, seja também para fazer prevalecer seus interesses.
Neste caso, é preciso ver se o quarteto interessado diretamente nas questões centrais do ministério – Abril, Globo, Fifa, Ricardo Teixeira – vai se acalmar ou acreditará que a permanência do ministério com o mesmo partido, seguirá representando obstáculos a que seus interesses prevaleçam, na medida que o mesmo partido seguiria à frente do ministério.
Aldo Rebelo assume pasta
Fonte: blog do Emir Sader
Neste caso, é preciso ver se o quarteto interessado diretamente nas questões centrais do ministério – Abril, Globo, Fifa, Ricardo Teixeira – vai se acalmar ou acreditará que a permanência do ministério com o mesmo partido, seguirá representando obstáculos a que seus interesses prevaleçam, na medida que o mesmo partido seguiria à frente do ministério.
Aldo Rebelo assume pasta
Com a nomeação do deputado paulista, a pasta segue nas mãos do PCdoB, aliado importante do governo Dilma.
Após a queda de Orlando Silva, a presidenta Dilma Rousseff confirmou o deputado Aldo Rebelo como o novo titular do Ministério do Esporte. A decisão foi anunciada na manhã desta quinta-feira 27 e a posse ocorrerá na segunda-feira 31.
Após a reunião com a presidenta Dilma Rousseff que o chancelou para o cargo no Palácio do Alvorada, Rebelo agradeceu a oportunidade em público. “Eu disse à presidenta que aceitava como um desafio e procuraria me desincumbir da tarefa da melhor forma possível”.
Fonte: blog do Emir Sader
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