Há um nítido paralelo entre o Príncipe que Nicolau Maquiavel (1469-1527) procurava para unir a Itália então dividida em reinos e Michel Temer, que precisa unir o Brasil, dividido entre o reino dos coxinhas e o reino do PT.
A ética não precisa ser observada: "Nunca faltarão ao príncipe razões legítimas para burlar a lei". Vimos isso no episódio do impeachment.
A ética não precisa ser observada: "Nunca faltarão ao príncipe razões legítimas para burlar a lei". Vimos isso no episódio do impeachment.
A bondade não deve ser o fundamento de suas ações,
recomenda Maquiavel, o mais adequado é saber ser bom ou mau conforme as
circunstâncias: "Se puder, deve ser bom, mas se necessário deve usar da
maldade, evitando sempre o meio termo".
E ainda ensina como a maldade e a bondade devem ser
utilizadas: "Faça o mal de uma vez
só, mas o bem faça aos poucos".
Está aí a PEC
241 para confirmar que Temer prefere fazer o mal de uma vez. Tal e qual Temer, "o príncipe busca
estabilidade do cargo, busca manter-se no poder", por isso não se deve
acreditar no discurso de que ele larga tudo em 2018.
Maquiavel ainda aconselha ao príncipe:"É mais seguro ser temido do que amado". Temer tem dito que não se importa com
popularidade. "Quem engana sempre vai encontrar alguém que se deixará
enganar". Aqui
Maquiavel profetiza como se comportariam os brasileiros 500 anos depois.
"Governar é fazer acreditar". Mentira ou
verdade, importante é fazer a população acreditar que a PEC 241 vai tirar o
país do buraco.
Maquiavel adverte, no entanto: "É fácil persuadir o povo de algo, difícil é manter essa
persuasão".
"Um governante eficaz não deve ter piedade. As
pessoas ofendem mais a quem amam do que a quem temem". Baseado nessa
premissa Temer elabora (ou, pior, seu ministro da Justiça elabora) o Plano
Nacional de Segurança, cujo nome lembra o da famigerada Lei de Segurança
Nacional da ditadura de 64.
Ele quer ser temido, já que amado não será.
As pessoas "não
são naturalmente nem boas nem más, mas podem ser tanto uma como outra",
adverte Maquiavel, por isso o Príncipe deve partir do princípio de que as
pessoas são más e que na primeira oportunidade elas demonstrarão essa maldade,
geralmente traindo-o.
Esse é o lado perigoso de ser o Príncipe de
Maquiavel.
Fonte: Brasil247
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