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sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Quase metade da população do Acre vive na pobreza





A Síntese de indicadores Sociais (SIS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (5) aponta uma cruel realidade acreana: 17,4% da população vive na extrema pobreza. Ainda segundo os dados, quase metade dos mais de 800 mil habitantes do estado (47,7%) é classificada como pobre.

Os indicadores são referentes a 2017 e mostram estabilidade na comparação com o ano anterior. Em 2016, 47,6% estavam incluídos na linha de pobreza.

O IBGE classifica como pobre pessoas com rendimento diário abaixo dos cinco dólares (equivalente a R$ 20). Já na extrema pobreza está quem vive com menos de dois dólares diários (pouco mais de R$ 7).

A pesquisa do IBGE mostra que, passadas duas décadas de governos petistas no Acre, a realidade da pobreza e da extrema pobreza pouco mudou no período.
Um dos reflexos desta desigualdade na distribuição de renda são os altos índices de violência do estado, que ocupa os primeiros lugares no ranking nacional da criminalidade.


Fonte:
https://www.ac24horas.com/2018/12/06/apos-20-anos-de-pt-quase-metade-da-populacao-do-acre-vive-na-pobreza/

Um Brasil Mais Pobre e Desigual


Extrema pobreza avança: onde está e quem mais sofre com ela.


Número de pobres no Brasil aumenta em quase 2 milhões entre 2016 e 2017. Extrema pobreza cresce de maneira ainda mais forte.


CASA DE MADEIRA EM UMA FAVELA NO RIO DE JANEIRO


O Brasil regrediu socialmente. É isso que mostram dados sobre a renda da população divulgados na quarta-feira (5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A SIS (Síntese de Indicadores Sociais) concluiu que, de 2016 para 2017, aumentaram os números de pobres e de extremamente pobres no Brasil.

O levantamento, baseado na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), não é o primeiro a constatar que o Brasil se tornou mais pobre e mais desigual nos últimos anos. Depois de a ONG Oxfam falar em estagnação, o IBGE traz dados mais detalhados sobre a parcela da população que ganha menos.

A severa crise na economia, nas contas públicas e no mercado de trabalho afetaram diretamente a renda do trabalhador. Os dados aqui apresentados tratam basicamente de dois conceitos, ambos definidos pelo Banco Mundial.

- Pobreza: Pessoas que vivem com menos de US$ 5,50 por dia, cerca de R$ 406 por mês.

- Extrema pobreza: Quem tem menos de US$ 1,90 por dia, cerca de R$ 140 por mês.

Os valores usados pelo IBGE são os estabelecidos para países como o Brasil. Isso porque o valor usado pelo Banco Mundial para a definição de pobreza e extrema pobreza varia de acordo com a renda do país. Em países ricos, por exemplo, é considerado pobre quem recebe menos de US$ 21 por dia.




A partir desse quadro principal, o Nexo apresenta os dados divididos em duas seções. Primeiro, um retrato, que mostra o quadro geral da renda no país em 2017, de acordo com região, etnia, idade e outras variáveis. Depois, vem o movimento, que aponta quem são os grupos que mais perderam entre 2016 e 2017.


O Retrato

A pobreza no Brasil, proporcionalmente, está extremamente concentrada nas regiões Norte e Nordeste. Sul, Sudeste e Centro-Oeste têm taxas de pobreza entre 12% e 18%, enquanto as outras duas regiões apresentam taxas acima de 40%.




O quadro se repete quando se fala de pobreza extrema, com o Norte e o Nordeste sendo as únicas regiões com taxas de dois dígitos (11,8% e 14,7%). Já nas outras três o número varia entre 2,9% e 3,8%.



 A baixa renda afeta mais especificamente alguns grupos. Um dado alarmante é que 43,4% das crianças entre 0 e 14 anos estão abaixo da linha de pobreza. O relatório também mostra que essa faixa etária está mais vulnerável, sendo a faixa etária mais privada de proteção social, condições adequadas de moradia e saneamento básico.
 

Quem mais sofre


 





O movimento

Olhando para as mudanças entre 2016 e 2017, é possível perceber que a pobreza até diminuiu um pouco nas regiões Norte e Centro-Oeste, mas menos de 1% em cada, o que levou o IBGE a chamar de estabilidade. O problema maior foi o avanço da extrema pobreza em todas as regiões.

O Centro-Oeste e o Sul viram o número de pessoas extremamente pobres crescer, respectivamente 24% e 20%. O Centro-Oeste tinha cerca de 460 mil pessoas em situação de extrema pobreza em 2016, em 2017 eram cerca de 570 mil. No Sul o salto foi de 710 mil para 855 mil.




O gráfico mostra que as variações foram maiores nas regiões em que há menos pobres proporcionalmente. Como o número é menor, cada pessoa que cai abaixo da linha de pobreza (e extrema pobreza) tem um peso maior no avanço.

Situação parecida acontece quando se observa em que grupos a pobreza mais avançou. Entre a população branca, a pobreza avançou mais do que entre a preta e parda. Mesmo assim, os brancos pobres continuam sendo muito menos do que os pretos e pardos.

O número de homens brancos pobres aumentou 7,8%, enquanto o de mulheres pretas pobres subiu 2,68. Mesmo com o aumento, a parcela de pretas e pardas em situação de pobreza é de 35%, enquanto de homens brancos é de menos da metade (16,7%).

Quando o quadro é de extrema pobreza, a situação não se repete. O número de pretos e pardos cresceu mais (11,7%), apesar de que, quando se adiciona gênero, o grupo mulheres brancas ser o de maior avanço (14,3%).

Chama atenção o avanço da pobreza e da extrema pobreza entre pessoas com mais de 60 anos. A pobreza entre idosos avançou 8,6%, enquanto a extrema pobreza cresceu 23%. Mesmo assim, a parcela de idosos pobres e extremamente pobres segue relativamente baixa, 8% e 1,7% - é a faixa etária menos afetada.


Onde mais avançou



 





Fonte:
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/12/05/Extrema-pobreza-avan%C3%A7a-onde-est%C3%A1-e-quem-mais-sofre-com-ela