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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A história de um zagueiro camisa 3 chamado Josman Neri

Tirada de bola da área: Lateral 2, Francisley; Goleiro Klowsbey e Eu no cabeceio


Meu propósito não é expor toda minha vida, mas fazer algumas menções sobre a caminhada de um zagueiro que serviu o futebol de Tarauacá e que fez história no futebol do Acre. A ideia é disponibilizar na internet para pesquisa e divulgação. 

A origem
Nascido no seringal Itamaraty, Rio Murú, Tarauacá, 40 anos, filho de José Neri e Joana Paiva, casado há 20 anos com Joelma Catão, dois filhos, Maria de Lourdes Catão Neri e Luiz Caetano Catão Neri. Graduado em Educação Física pela UFAC, Pós-Graduado em Gestão Pública, Professor de Educação Física, compôs as seleções de futsal, futebol e vôlei de Tarauacá.

Nos seringais não existiam Escolas de ensino regular, razão pela qual, meus pais, resolveram, em 1976, vender suas terras e se transferir para a cidade. O objetivo era nos colocar numa escola e iniciar uma nova vida, um futuro melhor.

O futebol na infância
Ao chegarmos na cidade, moramos no bairro Senador Pompeu, praia, com 7 anos fui matriculado na Escola Omar Sabino de Paula, iniciava ali um novo tempo de aprendizado sistematizado, ao tempo que aprendia, também fazia novas amizades com crianças e adolescentes da cidade.

Incentivado pelo meu pai (que amarrava uma bola numa corda na sala de casa para que eu ao chutar ela voltasse) desde cedo sempre gostei de esporte, principalmente, o futebol. Até a metade da segunda década de vida, jogava muito no quintal de casa com meu irmão Jâmisson Neri, hoje com família em Plácido de Castro, com a rapaziada do bairro, na rua mesmo com trave de tijolos, nas praias, nos campos e na quadra da fogás (hoje, posto Maria da Luz), com amigos da época, entre muitos destaco: Nena Gomes, Juvenal Correia, Tabele, Nonatin Mandico, Natalino, Cairara, Velho Lima, Pedro e Zequinha Ferreira, Laildo e Nilson Amorim, Chiquin "Buchudo", Buriti, Zé Puruca, Jâmisson Neri, Altemar Neri, e, além é claro, o mestre Ludgério Bonfim, treinador da nossa equipe Juvenil da Praia, que aos sábados no “Peladão”, jogava contra o Botafogo do Albanir Morais, Adir e Neto Moura. Quem lê, lembra, e sabe a que me refiro. Foi um tempo divertido, alegre e de aprendizado.

Na adolescência, morando no mesmo bairro, as amizades foram ampliando, portas estavam se abrindo, iniciava novas possibilidades de mudança.

Participação nos clubes
Aos 14 anos de idade iniciei a participação nos campeonatos de futebol de Tarauacá, naquela época era realizado no “PELADÃO”, hoje Cohab. As equipes pelas quais defendi foram: LONDRINA (1986/1987), fundado pelo meu Pai; CURITIBA(1988/1989), convidado pelo Célio Acioly, Zé anão e Neto Viana; VASCO DA GAMA(1989/1990), convidado pelos amigos Adir, Pinheiro e Pelezinho; CRUZEIRO(1991), nesse ano participei somente do torneio início; AC Juventus (1991), convidado pelo Prof. Gualter Craveiro; RIO BRANCO FC (1992); LONDRINA (1993) convidado pelo Marcão; VERONA (1994); AC JUVENTUS (1995/1996); aí vem novamente VERONA, CRUZEIRO, VERONA(2007), CRUZEIRO(2008) e PRAIA (2009).

A partir de 1989, com 17 anos, fui revelação no campeonato e posteriormente convocado para Intermunicipal de seleções (naquela época fazer parte da seleção era desejo de todos os garotos).

O tempo passava, fui crescendo, aprendendo e sendo valorizado no que mais sabia fazer, jogar futebol. Em 1991, fui convidado para jogar no Juventus, uma equipe profissional de Rio Branco, pelo Juventus participei do campeonato estadual de futebol e da Copa do Brasil. Naquela época, jogar em Rio Branco e por uma grande equipe era o desejo e um desafio. Era técnico, o Professor Júlio D’Anzecout (já falecido), auxiliar, Professor Gualter Craveiro, aos quais tenho grande respeito e carinho.

Títulos em Campeonatos
- Campeão Municipal de Tarauacá de Futsal e Futebol por várias equipes da cidade;
- Campeão Acreano de Futebol Júnior (Rio Branco – 1992);
- Campeão Acreano de Futebol Profissional (Rio Branco – 1992);
- Bi-Campeão Acreano de Futebol Profissional (Juventus - 1995 e 1996);
- Campeão Municipal de Futebol de Feijó (Flamengo - 2009);

O teste no Santos
Em 1991, fui considerado o melhor zagueiro do campeonato acreano, o destaque. Logo em seguida, o técnico do Rio Branco de outro Estado, Toninho Silva, me convidou pra passar dois meses no Santos Futebol Clube, fazendo teste, aceitei de imediato. Sair do Acre, um Estado pequeno, pouco conhecido naquela época, e jogar no Santos, não era fácil, as dificuldades eram grandes. Na Vila Belmiro existia atletas de todos os Estados brasileiro. O Acre era muito discriminado, diferente do que é hoje.

Conclusão
Diante de tantas coisas acontecendo muitas vezes me emocionava. Não pelo fato de ter sido avaliado pela crítica esportiva como o melhor zagueiro ou ter feito um teste no Santos, mas pelo contexto histórico de vida.

Nessas circunstâncias, vivendo um bom momento, era um pouco do que esperava pela frente, estava vivendo situações de alegria, felicidade pelas conquista vindas tão rápido.

Por fim, falar de sua própria vida, muitas vezes torna-se complexo e nos remete a uma ideia de invasão de privacidade. Gostaria muito de partilhar e tornar público parte da minha trajetória como atleta, para que gerações futuras possam conhecer a história de um certo zagueiro camisa 3, de Tarauacá, chamado Josman Neri.

Em breve acervo fotográfico de vários momentos

editando....

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